Descubra quanto o mercado de polímeros movimentou nos últimos anos e confira alguns fatores que podem influenciar o setor em 2022.
O polipropileno e o polietileno são polímeros feitos a partir de resinas versáteis e que estão presentes em quase todas as cadeias de produção. Justamente por serem tão utilizados, nos últimos anos eles vem apresentando bons números. Inclusive, a expectativa é de que, entre 2021 e 2029, o mercado de plásticos moldados por injeção cresça a uma taxa anual de 4,6%.
Quer saber mais sobre o mercado de polímeros no Brasil? Continue a leitura.
Mercado de polímeros no Brasil
No Brasil, o consumo de polímeros mostra grande expansão. O consumo de polipropileno, por exemplo, vem apresentando um crescimento de 6,5% ao ano. Parte disso se deve especialmente à versatilidade dos insumos derivados do plástico, que devido a essa e outras características, fazem com que ele seja uma boa opção para substituir materiais como aço, madeira e borracha.
Afinal, os polímeros oferecem inúmeras vantagens. Dentre as principais, estão:
- Baixo custo;
- Peso reduzido;
- Alta resistência;
- Grande variedade de formatos e cores.
Sem falar que, em muitos casos, o desempenho e a durabilidade dos polímeros também são maiores do que os dos insumos originais. Ou seja, na prática, eles oferecem maior eficiencia com custo reduzido.
Dados sobre o setor
Se a indústria de polímeros apresenta um crescimento constante, é claro que outros dados do setor também se mostram positivos. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), em 2020, o setor contava com 12.151 empresas. Consequentemente, em 2021, essa indústria foi responsável por 349.928 empregos.
Já no que diz respeito à produção física do setor, de maneira geral, foram calculadas 7,1 milhões de toneladas em 2021. Esses números levaram a um faturamento de R$127,5 bilhões. Porém, em comparação com 2020, a produção física mostrou uma retração de -1,8%. Nessa comparação, apenas os tubos e acessórios para construção civil apresentaram números positivos, com avanço de 9,4%.
Onde esses polímeros são utilizados?
Como dissemos anteriormente, o polipropileno e o polietileno estão presentes em inúmeras cadeias de produção. A indústria de embalagens é um exemplo, já que conta com a fabricação de tampas de refrigerantes, lacres, potes para freezer, entre outros.
O setor têxtil também é um dos que utilizam esses polímeros. Inclusive, o polipropileno é um dos tecidos mais utilizados no segmento de fibras têxteis.
Além disso, os polímeros também estão presentes na produção de:
- Tanques;
- Brinquedos;
- Cabos de talheres;
- Tabuas de alimentos;
- Embalagens para alimentos;
- Revestimento antiaderente;
- E muito mais.
Cenário durante a pandemia
É praticamente impossível falar sobre o mercado de polímeros sem citar a pandemia do coronavírus. Afinal, assim como os demais setores, essa indústria também sofreu durante esse período.
Foram praticamente dois anos de desabastecimento do mercado. Afinal, durante esse período, o consumo de embalagens para produtos de limpeza, máscaras e roupas hospitalares cresceu exponencialmente. Isso provocou uma falta de matéria-prima, frente à tamanha demanda.
Consequentemente, os preços também subiram. Em 2021, as resinas passaram por um reajuste de 45%. E, em toda a pandemia, elas passaram de 80%.
Pós-pandemia
Quando finalmente era possível ver uma certa estabilidade no mercado, especialmente devido às vacinas e a retomada do comércio, o setor se deparou com um novo obstáculo: a inflação e a alta dos juros.
Não é difícil perceber o quanto esses dois fatores influenciam a indústria. Afinal, a inflação reduz o poder aquisitivo. Consequentemente, ocorre uma retração do consumo.
Mas isso não é tudo. Em 2022, também existem outros fatores que podem influenciar no mercado de polímeros. Os principais são as eleições e a Guerra na Ucrânia. Afinal, os polímeros são fabricados a partir de resinas derivadas do petróleo. Ao mesmo tempo, o polipropileno, o polietileno e outros plásticos são commodities. Sendo assim, se o preço do petróleo sobe no mercado internacional, o mercado nacional também é afetado.
Porém, mesmo com um cenário de incertezas, uma coisa é certa: as previsões para 2022 seguem positivas. Afinal, a expectativa é de que essas dificuldades, especialmente no que diz respeito a escassez de insumos causada pela pandemia, tenha se estabilizado ainda no primeiro trimestre deste ano. Com isso, o mercado pode olhar com maior entusiasmo para os próximos meses.
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